Bella Donna Maria
provider: Donna Maria
spot: Os Templários
time: 0030
dose: 80 mins
Fomos à descoberta de um bar em que a ordem é simples manter o espirito de música ao vivo! Nele há lugar cativo para Donna Maria, filha maior de um projecto que lá actua com reguçlaridade á 2ª-feira - XL Femme. Nos Templários, bem longe de Tomar bem escondido perto das principais artérias de Lisboa (Av.EUA), mostrou-se ao vivo a bella Donna Maria num concerto entre amigos, num palco em casa. O projecto de Donna Maria tem um registo fonográfico, um só chega para por o país de Marias e Josés ao rubro, pois este é sem dúvida alguma o melhor projecto português dos ultimos tempos!! E talvez esteja a ser tendencioso, mas não me recordo de ouvir música portuguesa tão enraizada na nossa música, com algo novo - traz novidade na recuperação da sonoridade lusa, no rico fado ao tradicional adufe, e na fusão com a música electrónica mais recente, citando o trip-hop como quartel general desse ataque. Mas focando apenas no concerto, lá estavam os teclados e a bateria, e a voz e o acordeão...e claro o baixo.
Não há nada como escutar algo de imediato estranho, em ter acordeão com sintetizadores e baixo, mas depois lembrou-me da vingança do tango pelas mãos de Gotan Project. Eles souberam recuperar a sonoridade do seu país, Argentina, e Donna Maria fazem o parelo necessario para que não seja o revivalismo, mas o renascer e remisturar da música lusa com toque actual. Ao ouvirmos o som produzida pela dupla Miguel A. Majer e Ricardo Santos apercebemo-nos de que estamos algures num universo em que o trip-hop domina mas não tem a casa habitual: vai buscar ao acordeão o sabor luso que se solta nas letras TODAS em português, que nos tocam mais fundo com a voz forte de Marisa, de apelido Pinto. Mariza?? Marisa Pinto??? Está descoberta a gémea perdida de Margarida Pinto??? ah e o nome...coincidência parece! Fora de revistas cor-de-rosa o ponto comum é a genial utilização da voz!! Trabalhos distintos já que Marisa têm uma força que não vem de certo do trip-hop mas doutras andanças, e nesse caminho encontrou algures o mesmo que Mariza, o fado.
Do "triun-Viriato" que parece ser merecedor da tradição de "...tataravôs moçárabes, celtas , poesia provençal embalada no sono em Portugal..." num acordeão e voz que desfilam essa clase em modernos sintetizadores e bateria (já de si electrónica também) e o baixo ecoando em cada passo Portugal e a sua herança: os temas vão de fados consagrados por Amália, aos novos de Miguel A. Majer - letrista também, ao clássico António Variações... Mas Donna Maria tem valor própio nas suas composições, na maioria poemas de Miguel A. Majer. Inevitavelmente temos a saudade a comandar os sentimentos...inevitavelmente. E falar das músicas do concerto é falar do cd, visto "Tudo é para sempre" é o registo apresentado sem ajudas dos Vitorinos, Paulos de Carvalho...
É impossivel deixar o brilho das músicas "Lado a lado" as colaboração de Vitorino que embora preciosa, não descura a voz de Marisa, ou a articulação dos samples e sintetizadores de Miguel e Ricardo. Ao vivo tira-se a prova dos nove! E que melhor que mostrar que baixo e acordeão lado a lado, bateria e sintetizadores frente a frente, mais a voz no centro, noves fora, 5 estrelas! O acordeão de tiradas rápidas, um baixo de uma calma aparente a seguir as pisadas de uns "sentitizados" sons de piano,de bateria e samples num e noutro... E a voz de Marisa cheia de garra além fado, mas que deixa saudades com cada nota. Há coisas que fisicamente são à primeira vista dificies de perceber: como é que Marisa tem tanta voz naquele corpo? E dos 11 temas interpretados na voz descalçada de Marisa, houve "improvistos" e variações suficientes entre o favorito "Marcha atrás", ao quaisi-funk lata "A luva" e, falando também de António Variações, ao introspectivo de "Estou além". Mas o melhor guarda-se para o fim, para o encore: voz e piano num sentimental e intenso e sensacional "Quase perfeito".
Um quase perfeito concerto...não sei o que faltou...quem sabe tu!?
Em tempos que toda a gente se lembra e grita bem alto Portugal (será pela bola??) confirma-se um valor maior da música em Portugal, firme-se o apoio e oiçam o que Donna Maria tem a dizer: "Tudo é para sempre" pois Portugal tem mais para ver que estádios vazios, e mais para ouvir que bandas de telenovelas...
ps: atenção pois parece que Donna Maria tem um tema a rodar numa qualquer produção portuguesa, mas sobre isso nada tenho a "dizerte".
spot: Os Templários
time: 0030
dose: 80 mins
Fomos à descoberta de um bar em que a ordem é simples manter o espirito de música ao vivo! Nele há lugar cativo para Donna Maria, filha maior de um projecto que lá actua com reguçlaridade á 2ª-feira - XL Femme. Nos Templários, bem longe de Tomar bem escondido perto das principais artérias de Lisboa (Av.EUA), mostrou-se ao vivo a bella Donna Maria num concerto entre amigos, num palco em casa. O projecto de Donna Maria tem um registo fonográfico, um só chega para por o país de Marias e Josés ao rubro, pois este é sem dúvida alguma o melhor projecto português dos ultimos tempos!! E talvez esteja a ser tendencioso, mas não me recordo de ouvir música portuguesa tão enraizada na nossa música, com algo novo - traz novidade na recuperação da sonoridade lusa, no rico fado ao tradicional adufe, e na fusão com a música electrónica mais recente, citando o trip-hop como quartel general desse ataque. Mas focando apenas no concerto, lá estavam os teclados e a bateria, e a voz e o acordeão...e claro o baixo.
Não há nada como escutar algo de imediato estranho, em ter acordeão com sintetizadores e baixo, mas depois lembrou-me da vingança do tango pelas mãos de Gotan Project. Eles souberam recuperar a sonoridade do seu país, Argentina, e Donna Maria fazem o parelo necessario para que não seja o revivalismo, mas o renascer e remisturar da música lusa com toque actual. Ao ouvirmos o som produzida pela dupla Miguel A. Majer e Ricardo Santos apercebemo-nos de que estamos algures num universo em que o trip-hop domina mas não tem a casa habitual: vai buscar ao acordeão o sabor luso que se solta nas letras TODAS em português, que nos tocam mais fundo com a voz forte de Marisa, de apelido Pinto. Mariza?? Marisa Pinto??? Está descoberta a gémea perdida de Margarida Pinto??? ah e o nome...coincidência parece! Fora de revistas cor-de-rosa o ponto comum é a genial utilização da voz!! Trabalhos distintos já que Marisa têm uma força que não vem de certo do trip-hop mas doutras andanças, e nesse caminho encontrou algures o mesmo que Mariza, o fado.
Do "triun-Viriato" que parece ser merecedor da tradição de "...tataravôs moçárabes, celtas , poesia provençal embalada no sono em Portugal..." num acordeão e voz que desfilam essa clase em modernos sintetizadores e bateria (já de si electrónica também) e o baixo ecoando em cada passo Portugal e a sua herança: os temas vão de fados consagrados por Amália, aos novos de Miguel A. Majer - letrista também, ao clássico António Variações... Mas Donna Maria tem valor própio nas suas composições, na maioria poemas de Miguel A. Majer. Inevitavelmente temos a saudade a comandar os sentimentos...inevitavelmente. E falar das músicas do concerto é falar do cd, visto "Tudo é para sempre" é o registo apresentado sem ajudas dos Vitorinos, Paulos de Carvalho...
É impossivel deixar o brilho das músicas "Lado a lado" as colaboração de Vitorino que embora preciosa, não descura a voz de Marisa, ou a articulação dos samples e sintetizadores de Miguel e Ricardo. Ao vivo tira-se a prova dos nove! E que melhor que mostrar que baixo e acordeão lado a lado, bateria e sintetizadores frente a frente, mais a voz no centro, noves fora, 5 estrelas! O acordeão de tiradas rápidas, um baixo de uma calma aparente a seguir as pisadas de uns "sentitizados" sons de piano,de bateria e samples num e noutro... E a voz de Marisa cheia de garra além fado, mas que deixa saudades com cada nota. Há coisas que fisicamente são à primeira vista dificies de perceber: como é que Marisa tem tanta voz naquele corpo? E dos 11 temas interpretados na voz descalçada de Marisa, houve "improvistos" e variações suficientes entre o favorito "Marcha atrás", ao quaisi-funk lata "A luva" e, falando também de António Variações, ao introspectivo de "Estou além". Mas o melhor guarda-se para o fim, para o encore: voz e piano num sentimental e intenso e sensacional "Quase perfeito".
Um quase perfeito concerto...não sei o que faltou...quem sabe tu!?
Em tempos que toda a gente se lembra e grita bem alto Portugal (será pela bola??) confirma-se um valor maior da música em Portugal, firme-se o apoio e oiçam o que Donna Maria tem a dizer: "Tudo é para sempre" pois Portugal tem mais para ver que estádios vazios, e mais para ouvir que bandas de telenovelas...
ps: atenção pois parece que Donna Maria tem um tema a rodar numa qualquer produção portuguesa, mas sobre isso nada tenho a "dizerte".
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