Tuesday, June 06, 2006

jazz n' reggae

Trabalho é trabalho, cognac é cognac! Nada melhor que no fim de uma longa jornada de trabalho, um belo cognac...mesmo quando o trabalho não corre tão bem, musica para relaxar e curtir com amigos é cognac que sabe bem. E em balões bem cheios quer seja jazz, ou reggae, na Culturgest ou no Maxime.

Na primeira prova inspiração jazz, na segunda expiração reggae...

provider: Carlos Bica
spot: Culturgest
time:
2130
dose: 100 mins

Do sr. Carlos pouco se sabia. A casa do sr. Carlos é algures e tem agora Berlim numa das divisões, e divide a sua arte com um conjunto raro de artistas que convidou para participar na apresentaçaõ de Single. Single um album é o álbum editado em Outubro de 2005 pela bor-land que falhei ver a apresentação ao vivo até ao final desse mesmo ano. Foi o primeiro trabalho de sr. Carlos e o seu contrabaixo. Mas, como sabiamos que a formação tinha sax tenor, guitarra e dj, não podia ser o mesmo que no álbum...e não foi.

A casa do sr. Carlos é agora Berlim e divide a divisão principal da casa, o palco, com diferentes artistas para criar uma identidade única. Pois se do Sr. Carlos pouco se sabia, dos músicos que o acompanhavam ainda menos... surprendente é a identidade difusa em redor do contrabaixo: um sax com uma doença creativa-pulmonar crónica, uma guitarra de classic jazz a rock desde late 60's, a um dj percussionista.

O melhor do concerto não foi o sax, quasi-irritante na constante presença aguda e mesmo cómica dos metais.Nunca vi tal sax, em qualquer circunstância pois Matthias não só soprava como quasi-cuspia-tossia e sibilava para o interior do sax,com ainda tinha a agilidade de tapá-lo com as pernas, viajando com o sax entre as pernas também. Um autêntico vale tudo para criar sons diferentes, exalados de forma exausta e creativa. Não foi a guitarra raramente não distorcida em acordes e pedais yahyah, wahwah,wooooowuuuuusiananablabal. Ele falava uma lingua mais estranha que o finlandês de origem, mas soa melhor que a língua nórdica. Não foi o a mesa e os pratos de illvibe. Aplaude-se a substituição da bateria pelo instrumento de Illvibe. Sem que seja imediatamente perceptível, Illvibe percussiona nos pratos e controla na mesa o volume das suas percussões, e corte. E que corte! E o seu solo levou alguns, poucas cabeças com hiph-hop na cabeça, soltam um "Aaahh yeeeeeah!" e acima disso mostra que, as fronteiras do jazz são o universo musical.

Era em aparente segundo plano que estava o contrabaixo do Sr. Carlos. Era Kalle Kalima que puxava o diálogo ora a Matthias Schubert, no sax, ora a illvibe, o dj. E alternadamente se exerciam conversas paralelas entre o sax e os partos, ora entre pratos e guitarra. O interessante era ver que dois a dois acompanhavam em, esse sim, segundo plano o contrabaixo numa viagem incessante ciclíca mas não em círculo. A viagem era uma estrela de 3 pontas em que nenhuma se soltava demasiado, num desequilibrio perfeito nas mãos de Sr. Carlos e nas cordas do seu Contrabaixo. E que o hip-hop e o jazz são reinos vizinhos e com política de boa vizinhança, e esforço comum de trazer novidade e criar musica nova.


rounda dois

provider: Mercado Negro
spot: Maxime
time:
0100
dose: 90 mins


Messias e apóstolos, quer dizer amigos, espalham a mensagem de "Aquecimento global". O que aconteceu no Maxime foi mesmo um aquecimento para a longa e bemvinda jornada dos Mercado Negro aos palcos para mostrarem o seu novo trabalho : "Aquecimento global" já no circuito comercial.

Quem no decadente Maxime,e isto não é pejorativo pois tem todo o brilho de uma estrela que se acende em Lisboa, esteve dia 03 de Junho pôde testmunhar que Portugal vai aquecer. Messias foi espalhando as boas vibrações do reggae de um "Mercado Negro" mais interventivo nas letras e na força da composição. Esta conta com 7 músicos combinados de várias nacionalidades com gosto pela música jamaicana, muitos dos quais enraizados em África e isso nota-se no som.

Dos novos temas, ficam boas impressões das boas vibrações que os "Mercado Negro" nos vendem ao vivo. Não se trata de uma venda mas sim, como qualquer mercado negro que se preze, uma troca. Todos no Maxime vibraram com os solos de Revel Brix, as batidas da precurssão ou a voz de Milton Gulli dos Cool Hipnoise que tem uma das participações especiais no álbum.

Só posso aconselhar a compra e audição cuidada deste novo trabalho dos "Mercado Negro", pois ao vivo convencem pela energia que têm e são uma boa mostra do reggae em português.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Esse concerto do Carlos Bica foi muito bom! O trompetista e o Dj foram fantásticos! :)

10:08 PM  

Post a Comment

<< Home